24 de jul. de 2010

Hoje acordei com um gosto diferente nos lábios. Algo mais doce e menos comum. Talvez um desejo de andar por um caminho diferente ou atravessar a rua correndo, sem medo dos frenéticos carros, apenas para testar minha habilidade em escapar da fatalidade. Também acordei com uma cor diferente nos olhos, um tom esverdeado (talvez a esperança venha me visitar) e comecei a enxergar tudo do avesso, ao contrário de mim, perfeitamente incoerente de tudo que eu já havia pensado. Acordei com uma saudade danada dos amigos que estão longe, mas perto do coração.Nostalgia me cercando pura e simples feito punhal que dilacera o peito. Hoje me parece um dia especial por algum motivo, talvez eu o faça especial por coisas que eu desconheço, apenas para amenizar este cotidiano de esperas que tortura as almas desavisadas. Também acordei com uma cor de cabelo diferente para combinar com meus tênis vermelhos e minhas roupas mudam de textura e cor a cada transformação da temperatura. Estou do avesso sem medo algum em me aventurar pela fria madrugada.
   

P.S: Hoje temos um dia tipicamente londrino na ILHA A., sem maiores tempestades. Um sol tímido se anuncia por entre as árvores e me convida a sair para apreciar um capuccino. Se ficar em casa, mofarei no escuro dos meus pesadelos, se sair poderei fugir dos meus eus que teimam em se esconder. Câmbio, desligo.

Um comentário:

  1. "cotidiano de esperas que tortura as almas desavisadas"

    Mais uma destas frases que eu gostaria de ter escrito em um momento de minha vida.

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