28 de jun. de 2009

Das pequenas coisas que nos escapam

Pois bem, leitores. Há séculos não escrevo nada de útil para a humanidade, um poeminha, um miniconto, uma letra de música, nem história em quadrinhos. Talvez porque ultimamente tenha me dedicado a desenvolver outros sentidos que me paralizam as ações, os gestos, as vontades, mas não o pensamento, esse corre solto a enveredar-se estranho e contraditório diante de tanta burrice (pouco caso para tantas antas). Mas não estou aqui escrevendo para me vingar das antas que me circundam diariamente, mas sim para dizer a quem possa dar na telha ler este humilde blog, que a realidade (esta que bate na nossa cara diariamente) anda me consumindo demais. Não sobra tempo para a literatura, para ouvir o barulho da chuva (gosto muito dos dias chuvosos), para recitar Vinícius de trás para frente, para cantar Lenine quando se acha que tudo está perdido, para rir dos tombos que a vida te dá. Não há mais tempo. Se morre aos poucos nos poucos dias que restam de uma semana cheia de concreto e cinzas. As coisas andam descoloridas por aqui, desbotadas, um tanto sem graça. É a ilha A em seus dias de tempestade.

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