8 de fev. de 2010

Cenas Urbanas (e cariocas)

Havia um mundo que era só deles. Uma linguagem única e permanente e que se constituia de risos incontidos e de um leve torpor no corpo. Um bailar de gestos que tentavam expressar o que estava tão claro em seus olhos . Uma intimidade que se criara tão forte e tão  incompreendida pelo resto do mundo que ambos riam e riam e riam do errôneos questionamentos alheios. Duas almas que se encontravam num deserto de almas também desertas e eram sós a procura de algo que talvez estivesse ali, tão perto, mas invisível. Simples como a chuva. Como Caio e Clarice. Quase completos.

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