29 de jun. de 2013
A morte de Abelardo
Abelardo enforcou-se tamanho desgosto com o amor. Tentei dissuadi-lo - Abelardo, não se mate, oh não se mate, o amor é isso que você está vendo, inútil você resistir ou mesmo suicidar-se- mas não. Levou a corda ao pescoço [com movimentos ritualísticos)e pela última vez lançou-me o olhar, o beijo, a carne: eu avisei, Abelardo, da tempestade [...] lembra-te? Inútil. Na necrópsia, a [Causa mortis]: amor descompensado seguido de severa crise de egoísmo. Quero chorar pela morte de Abelardo, mas não. Estou dançando sobre seu túmulo enquanto lanço margaridas para o alto [peço perdão pela minha felicidade]. E em seu epitáfio lê-se - amou apenas a própria imagem.
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Gostei. Bastante criativo e o final foi muito interessante.
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Adriane
aprendi a amar Abelardo, e as margaridas... são perfeitas para a despedida, Abelardo vais deixar saudades...
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