10 de set. de 2013
Da urgência de ser honesta (mais uma vez)
Então a canoa virou (comigo dentro) e afundar era uma questão que só o peito (como um pote até aqui de mágoa) deveria decidir. Enfim, afundamos. De mãos dadas, corações em simetria. Silêncio. Aquele silêncio que responde todas as perguntas, todas as dúvidas, todas as especulações. É porque bailamos rápido demais, rodopio frenético e um tombo iminente, tão dolorido como uma pisada no pé na hora da dança. Aceitei cartas, medalhas profanas e um Chico que derramou-se líquido. Era inverno. E talvez a primavera não desfaça tanto desassossego. Era pra ser poesia. Virou o conto de um terror imenso. Muita urgência para tão pouca certeza. Feito pedra no sapato que não quer sair. Era até cair doente, mas agonizou antes da hora. Escuta, só vim aqui pra dizer que as tuas mãos vulcânicas ainda me assombram.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Às vezes é preciso verbalizar. Gostei dessa urgência de honestidade, embora eu seja dada a evitar.
ResponderExcluirE poesia tu não escreve moça? kkkk
Abraço.
Ah, essas canoas... Bonito, bonito. :)
ResponderExcluirMuito bom, parabens, palavras dignas de atencao.
ResponderExcluirContinue assim, parabens.
Uau...e esse final...guria, demais!!!
ResponderExcluirObrigada, minha gente! ;-)
ResponderExcluir