17 de jun. de 2010

Ando me revisitando tão pouco ultimamente, e quando digo revisitar é abrir a porta da angústia e deixar emergir tudo que mora lá  no fundo do oceano. Não tenho me permitido um encontro com o espelho ou um registro de mim mesma em meus “cadernos terapêuticos” (sim, porque tenho “cadernos terapêuticos” assim como Ana C.). Sei que as páginas em branco reclamam minha ausência, mas no momento não há criação, nem mesmo o registro particular de um dia qualquer. Pode parecer intempestivo de minha parte manter distancia da escrita (pois passei a controlá-la de certa forma), mas é necessário a partir do instante em que se torna um processo doloroso, desgastante, angustiante, cansativo. Não é ingratidão e sim uma questão de senso crítico, pois sei que momentaneamente não sairá nada bom porque tenho me alimentado pouco de literatura.  Sigo à risca o que coloquei em um poema há um tempo atrás “Há um tempo de espera para tudo” , então que a escrita venha ao meu encontro quando eu estiver preparada para amadurecer o fruto que ela me trará. Enquanto isso vou refinando a realidade para devolvê-la ao papel segundo os meu olhar  do avesso. 

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