Prezada Mrs. Apple,
Me desculpe pela ausência nos últimos meses, é que ando ocupada tentando desvendar a lógica do amor (ou a falta de). E do caos. E do amor-caos, enigma que me faz sucumbir dia após dia (ou em todas as manhãs em que abro os olhos para o nada.). Do caos, entendo bem. Mas do amor, não. É na instabilidade do caos que o amor me corrompe. E se eu bebesse uma gota de ácido? E se eu brindasse com a morte esta angústia que não finda? Onde está o roteiro de todo esse desejo? Um bom chá e um jazz, Mrs. Apple, para embalar a dor. Inferno que não quero.
P.s: Leio Clarice e ela me diz: "Eu amo a minha cruz, a que doloridamente carrego. É o mínimo que posso fazer de minha vida: aceitar comiseravelmente o sacrifício da noite." Será que devo, Mrs. Apple? Aceitar essa via de mão dupla?
Um abraço.
Melinda Allen.
amei Cartas, instigante, uma vontade de continuar de querer mais de procurar entre fendas alguma coisa perdida...
ResponderExcluirLilian
Ah minha poeta, o que seria de nossa humilde existência se não fosse a invenção de outras vidas... Obrigada pela leitura!
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