“Começou
morrer um sonho quase novo”. Puxa vida. Dá uma bela epígrafe. Viva Antonio
Marcos! É de chorar de dor ouvindo esta música. Ou de culpa. Ou de pena.
“Se não fosse assim, talvez nem fosse tão bonito”. Putz. Outra bela epígrafe.
Mas que dor sacana esta que vem no meio da madrugada e. “Porque o tempo já tratou de mudar tudo”.
Nada de epígrafes. É só o tempo que coloca tudo em seu lugar, em uma disposição meio bagunçada, mas. E a
poesia. A poesia que sangra, sublima, cura. E eu que era tão cerebral, tão
evasiva, tão calculadamente convencional e extremamente entregue a este negócio
de não-acredito-em-destino-e-pronto [ainda não acredito, é só pra deixar o
texto mais poético] aqui estou, cavando sulcos profundos em uma memória que não quer
se dissipar. Oxalá, amanhã eu acorde com a mente vazia e o coração puro, que
esta tristeza vai engolindo a esperança da gente que não consegue dormir e fica
enchendo os ouvidos do leitor. Pular da Golden
Gate seria épico.
Good
night, Baltimore!
*Para
ler ouvindo “Ela” [Antonio Marcos, na voz de Filipe Catto, que arrebenta o meu
coração].
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