Tá
difícil aqui, no subsolo. De mansinho, coloco a ponta do pé para fora das
cobertas. Se sentir frio é porque ainda estou
viva. Bom sinal. Alguma coisa deu errado nesta trajetória. Talvez um desvio,
ainda que inconsciente. Não planejo desvios, nem adeuses, nem
bifurcações na parede da cozinha por onde minha pequena alma poderia escapar.
Aliás, este negócio de alma é meio complicado. Se de fato a tenho, ela pesa.
E como. Pareço arrastar correntes pela casa. Mais uma daquelas longas noites
regadas a café, escrita e uma bruta vontade de. De novo. Difícil evitar essas compulsões
repentinas [e repetitivas]. E Ana C. que não chega.
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